Acredito que um avivamento consiste em
quatro fases distintas, porém nem sempre bem delineadas, pois geralmente essas
se sobrepõem umas às outras.
A primeira fase é o que eu,
particularmente, considero o avivamento propriamente dito. É quando os crentes,
sentindo que o mover divino está chegando e que precisam mais de Deus começam a
busca-lo mais, orar mais, se consagrar mais, ajustar aquilo que ainda falta em
suas vidas para que possam ser cristãos verdadeiros.
Como eu disse, considero esta fase como o
real avivamento, quando o Espírito Santo aviva os corações dos membros da
Igreja, quando cada indivíduo entra num relacionamento mais profundo, verdadeiro
e íntegro com Deus. Acredito assim, que o avivamento surge de dentro pra fora,
e não de baixo pra cima ou de cima pra baixo.
A segunda etapa que percebo ao olhar para
experiências de avivamento já acontecidas em outros lugares, é que acontece uma
unidade entre a Igreja. E no termo Igreja não me refiro a alguma denominação.
Não. Antes me refiro ao corpo espiritual de Cristo, espalhado entre diferentes
correntes doutrinárias e teológicas.
Ora, unidade não é uniformidade. Assim
teremos sempre irmãos pensando diferente. Contudo, a unidade da Igreja, o
consenso entre os diferentes movimentos denominacionais em uma cidade ou região
é vital para que Deus possa operar livremente no meio da sociedade. Não é
possível que um avivamento surta o resultado esperado em um corpo dividido.
Exemplificando o que quero dizer, imagine
vários pescadores à beira de um rio, onde passa um grande cardume. Se os
pescadores entrarem em acordo, haverá peixe suficiente para todos, e poderão
até se ajudar para obterem melhor resultado. Mas se ficarem se digladiando na
margem, e até rasgando as redes uns dos outros, a oportunidade vai passar sem
ser aproveitada. Dá mesmo pra acreditar que Deus providencie um avivamento numa
situação como essa?
A terceira fase é uma das mais esperadas
por todos. É quando os sinais que seguem aqueles que creem (Marcos 16:16 e 17)
começam a acontecer. Eles servem de evidências do mover divino, são uma
resposta à busca pela pessoa de Deus mencionada lá no item primeiro e um
testemunho àqueles que ainda não conhecem a Palavra de que o que é pregado é
verdade.
A quarta etapa talvez seja a mais evidente e
certamente é aquela que a maior parte da Igreja considera como o avivamento de
fato. É quando a sociedade é atingida pelo mover de Deus, fazendo com que as
pessoas se tornem mais propensas a aceitar a pregação do Evangelho.
Nesta fase há uma liberdade muito grande
para se anunciar a Palavra, muitas pessoas se convertem e outras tantas sentem
tanta fome espiritual que procuram por si mesmas encontrar a Deus. É um período
de colheita fora do comum, algo que tão somente o mover divino pode causar no
meio de um povo, algo independente da ação humana, algo sobrenatural.
Completados os quatro estágios, aí temos,
em minha humilde opinião, um avivamento. Mas cumpre lembrar que o mover de Deus
durante um avivamento não é algo perene. O avivamento é como uma onda, ou seja,
um período de tempo onde a ação divina ultrapassa os limites do esperado e do
comum. Ela vem, cobre tudo e depois passa.
Do meu ponto de vista, a grande
responsabilidade humana em relação ao tema é a de conservar a colheita que é
feita durante esse pico. É, em primeiro lugar, não perder a oportunidade e, em
segundo lugar, manter os frutos depois que o fogo tiver diminuído.
Por fim quero dizer que acredito, sim, que
há uma promessa de avivamento para nossa cidade e estado. E, ao contrário de
muitos, creio em uma espécie de avivamento mundial, precedente ao final da Era
da Igreja. Mas não quero entrar em detalhes sobre esse assunto agora, pois o
artigo já ficou grande demais...
É isso aí. Abraço a todos.
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