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segunda-feira, 16 de abril de 2012
Estas Fantásticas Bicicletas e seus Ciclistas Fabulosos
Igrejinha é uma cidade pequena.
Talvez por isto algumas questões relativas ao trânsito daqui possam parecer relativamente umas bobagens para quem mora em uma cidade maior e passa por transtornos todos os dias, para ir e voltar do trabalho.
Mas justamente por ser uma cidade pequena é que acredito que não faz sentido que enfrentemos certos problemas. Ou que enfrentemos falta de soluções.
Temos um enorme exército de ciclistas neste município.
Todo dia, nos horários de ida e vinda para o trabalho o que vemos é uma avalanche de ciclistas disputando espaço com os veículos nas ruas apertadas e nos funis que temos nas nossas vias municipais.
Um dos funis é a "ponte do centro", a mais antiga, que é estreita (para os padrões atuais) e por onde passa a maior parte do movimento na hora do "rush".
Além da grande quantidade de trabalhadores e estudantes que enchem as ruas nestas horas ser um dos fatores que agravam os problemas do trânsito, soma-se a isto a quase total imprudência por parte destes ciclistas.
Muitos atravessam cruzamentos sem ter o devido cuidado com o tráfego de veículos no lugar. Outros tantos andam lado a lado, ou praticam ultrapassagens em lugares impróprios (como sobre a mencionada ponte), ocupando até metade da via.
E quase a totalidade dos (para não dizer todos) ciclistas não respeita nenhuma regra de trânsito, andando na contramão, passando sinaleiras com sinal fechado, etc.
Além disto, quanto ao uso de equipamentos de proteção... o chão é o limite. Esperam todos ao menos que seja.
Quando vemos este quadro, é impossível que não nos demos conta que urge a criação de uma política voltada aos ciclistas.
Em tempos que a bicicleta é apontada como um dos meios de transporte alternativos mais ecologicamente corretos, deveria haver uma preocupação por parte da União em regulamentar mais esta área.
Deveria também haver uma campanha de educação de trânsito voltada a todo usuário deste meio de transporte, conscientizando-os sobre a importância de usar equipamentos de proteção adequados, sobre a necessidade de obedecer às normas de circulação e criando um sentimento de responsabilidade por parte destes em realação aos outros elementos que compõem o tráfego das cidades.
Enquanto as autoridades a nível nacional fecham seus olhos para o problema, as estaduais ou municipais, que estão mais próximas do cidadão, deveriam atuar.
Mas pelo visto não se importam com a questão também.
No caos específico (ops... troquei as letras... "caso específico") do nosso município, acredito que alguma coisa deva ser feita logo, antes que o problema piore ainda mais.
Criar ciclovias seria o mais básico a citar. Igrejinha tem só uma ciclovia, no bairro XV de Novembro, e esta encontra-se em péssimo estado de conservação.
E não me venha com a estória da carochinha de que aquela beirada de asfalto nas ruas de calçamento irregular são ciclovias. Qualquer pessoa de bom senso sabe que isto não é verdade! Ciclovia é outra coisa.
Já na ponte do centro poderiam ser construídas duas passagens de madeira paralelas, para trânsito exclusivo de bicicletas.
Ou, na falta de alternativas para criar novas ciclovias, que se determine o trânsito de bicicletas através de certas ruas e se próiba em outras.
Uma alternativa para a construção de ciclovias paralelas à ponte central seria remodelar a ponte de acesso ao parque Almiro Grings e desviar o trânsito de bicicletas todo para lá.
Aliás, naquele lugar deveria ter uma ponte não só para trânsito de pedestres e bicicletas, mas que pudesse ser utilizada por veículos automotores também. Só que isto talvez eu aborde em outro artigo.
De uma forma ou outra, se minhas sugestões são boas ou não... mas a realidade indica que algo precisa ser feito para educar os ciclistas e para desafogar o trânsito.
Principalmente aqui em Igrejinha.
Afinal, é um absurdo termos este tipo de problemas numa cidade com nosso tamanho.
Abraço a todos.
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