segunda-feira, 21 de março de 2011

A Visita de Obama



Este final de semana os canais de televisão conseguiram deixar-me mais indignado do que de costume com sua grade de programação. Isto porque, eventualmente, noticiavam em caráter de plantão todos os detalhes da visita de Obama ao país.

Se ele entrava em um lugar, era notícia. Se saía, era notícia. Se ainda estava, também!

Chegaram até a transmitir uma parte do discurso da Dilma, durante a visita do ilustríssimo. Aliás... o que era aquilo que ela estava vestindo????


Mas então, o presidente americano veio ao Brasil. E foi embora. E daí?



Mudou alguma coisa? Acho que não!

Principalmente para as comunidades carentes que ele visitou. O pessoal lá viveu seus minutos de glória, mas tudo voltou ao normal assim que a comitiva deixou o local. O que havia antes continua, seja miséria, fome, violência, descaso, ou qualquer outra coisa. Nada de novo foi acrescentado.

E para o Brasil como um todo? Também não vi diferença nenhuma!

Claro que o homem é o presidente da (hoje) nação mais influente e poderosa do planeta. Mas qual é, afinal, o motivo de tanto alarde? Cruzes, parecemos um bando de miseráveis recebendo um rancho grátis!

Bom, a parte do miseráveis (se comparados à nação estadounidense) até pode ser... mas... cadê o rancho?

Outra coisa que achei ridícula foi que nesta visita mais uma vez estereotipou-se o Brasil. E pior: por nossa própria conta!

Ora, todos sabemos que no exterior (principalmente nos States) Brasil = selva amazônica, favela, praia e carnaval. E aí quando o presidente americano vem pra cá, o que fazemos? Pois é, mostramos as favelas do Rio, com pessoas dançando capoeira e samba. Eita!!!

Só faltou dar um pulo na floresta, mas, ao contrário do que os gringos pensam, ela não fica no outro lado do morro carioca, é um pouco mais longe, então não houve tempo no cronograma.

Não temos nada melhor, diferente, pra mostrar ao mundo? Ora, me poupe!

E se Obama não veio nos fazer caridade, não vejo nenhuma necessidade desta cobertura exagerada da mídia, que só reforça o sentimento e a impressão de vassalagem que tributamos a esta nação do hemisfério Norte.

Com esta TV aberta que temos, dou graças a Deus que consegui comprar um Playstation...

Abraço a todos.

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