quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vandalismos de Torcidas


Na última semana a torcida do Corinthians tem ocupado espaço nos noticiários devido a atos de vandalismo promovidos por seus integrantes. Tanto contra o patrimônio alheio quanto contra o patrimônio do próprio clube e jogadores do time pelo qual os torcedores declaram seu amor.

Atos como este não são novidade. De fato, brigas entre torcidas, entre a própria torcida, manifestações violentas, exigindo mudanças na atitude ou no gerenciamento de um clube são assuntos recorrentes aqui, no país do futebol.

Não raro somos informados da morte de algum torcedor em conflito com torcidas rivais, ou de balbúrdias criadas por grupos organizados, que rogam a si a prerrogativa de defender com unhas e dentes, se necessário, a honra da agremiação pela qual torcem.

Algumas torcidas se destacam neste ínterim mais do que outras, mas independentemente disto, todos times têm sido envolvido nestas descabidas disputas extracampo.

Mas o que acontece afinal? Há alguma vantagem nisto? Por que isto ocorre?

 Obviamente não há vantagem alguma, nem vitória alguma nestes atos de vandalismo, brutalidade e ódio. Nem para os torcedores que se envolvem neste tipo de atos, muito menos para os clubes.

Estes últimos não têm interesse algum neste tipo de ação, pois além de serem punidos se o comportamento antidesportivo acontece dentro de um estádio, durante uma partida, eles ainda arcam com as despesas de uma eventual manutenção necessária.

E é justo que seja assim. Acredito que os clubes deveriam inclusive ser punidos pelas atitudes de seus torcedores também no caminho, no deslocamento, para a partida e a partir dela depois do jogo.

Mas o problema reside no indivíduo, o torcedor.

Quando um ser humano substitui Deus por qualquer outra coisa, ele abraça o fanatismo. Sim, porque coloca seu amor e sua dedicação em algo que não vai poder corresponder à altura. Mais cedo ou mais tarde este deus irá decepcioná-lo, frustrá-lo. O amor pelo objeto de veneração acaba produzindo ódio.

Ódio que tenta de qualquer forma validar seu objeto de culto, que não suporta a divergência de gosto ou opinião, e que quando manifestada em grupo é extravasada de forma violenta. Isto acontece com o time de futebol preferido ou com qualquer outra coisa.

Por exemplo, quando Deus é trocado por uma religião, surgem as cruzadas. Quando Ele é trocado por um time de futebol, surgem as torcidas organizadas que visam massacrar os rivais. E quando o time frustra suas expectativas, o ódio é automática e sistematicamente voltado contra aqueles que supostamente não estão honrando a agremiação.

Em outras palavras, aqueles que não amam, não idolatram o clube como o próprio torcedor.

Mas bem na real, quando os onze em campo são campeões de algo, o que nós, pobres torcedores ganhamos? Nada. Não temos absolutamente nenhuma compensação financeira ou qualquer outra que realmente faça alguma diferença. A comemoração de um título é tão longa quanto demora pra começar outro campeonato.
Por isto não vale absolutamente à pena ser fanático. Ora, eu gosto de futebol. Torço pelo colorado, quero que vença, conquiste títulos, etc. e tal. Mas já disse pra minha filha que gostar de um time sempre (SEMPRE) vai nos trazer muito mais frustrações do que alegrias.

Ainda bem que com Deus não é assim, mas exatamente o contrário. Se O colocamos no lugar certo na nossa vida, e deixamos Ele ser nosso Deus, de fato e de direito, não entramos nesta fria que tantos torcedores pelo Brasil afora estão.

E podemos estar certos de que Ele não só corresponde ao nosso amor, como nos ama muito mais. E por isto, por Sua graça, temos com Ele muito mais alegrias do que podemos contar, o que faz com que eventuais tristezas sejam tratadas como “leves e momentâneas tribulações”.

Abraço a todos.

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