Uma semana depois do acontecido, continuam encontrando corpos e recolhendo feridos. Ainda há vítimas que não foram devidamente atendidas. Faltam água potável, energia elétrica e alimentos.
Graças à burocracia, o aparato das Forças Armadas foi mobilizado tardiamente para ajudar a socorrer o povo. Mas enfim, foi. Já há pelo menos um hospital de campanha em funcionamento. Helicópteros do Exército auxiliam no acesso a áreas isoladas e médicos militares atendem às vítimas que não param de chegar.
É uma situação assustadora, pela amplitude dos números. A quantidade de chuva, o volume de água, o montante das casas atingidas, das vítimas, dos mortos...
Creio que não é necessário falar o que já foi tanto divulgado nesta semana. Mas acredito que é um momento de pararmos e pensarmos. Em silêncio.
Foi lá. E o que impede que tivesse sido aqui? Ora, no meio de um temporal é em casa que nos sentimos mais seguros. Mas não houve segurança dentro de casa para a população fluminense. E se o que ocorreu lá acontecesse aqui? A alguns anos atrás foi aqui perto, em Santa Catarina, lembram?
Se fosse, então seríamos nós que estaríamos chorando, em estado de choque. Vivemos em um vale, a grande maioria que não mora onde uma enchente possa atingir, mora perto de algum morro...
Demos graças a Deus que não foi aqui. Oremos para que nunca seja.
Abraço a todos.
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