quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Símbolo da JADI



Quem conheceu o símbolo acima sabe (quem não conheceu toma ciência agora) que este foi o logotipo utilizado pela JADI (Juventude da Assembleia de Deus de Igrejinha) por mais de dez anos. Não tenho certeza de que ano o criamos, mas o registro mais antigo que tenho dele é de 1995 (embora acredito que seja um pouco mais velho) e ele foi substituído há alguns poucos anos.

Uma das coisas que pouca gente sabe é que quem criou este símbolo fui eu, que tive a concepção original, a ideia... E o Edilson G. Martens, que entrou com a parte prática, pois “desenhou” o logotipo a partir de modelos prontos, do Corel Draw. Aliás, Corel Draw 3 na época!

A limitação do programa naquele tempo e nossa inexperiência em lidar com programas gráficos, criaram alguns obstáculos, mas enfim, uma vez impresso, o símbolo foi aprovado pela liderança da juventude da época (o líder era Otávio V. S. Rodrigues, mais conhecido como “Mano”) e já começamos a utilizá-lo.

Agora, outra coisa que pouca gente sabe, é quantas ideias estão expressas neste logotipo tão singelo. Claro que um bom símbolo passa uma mensagem por si só, e creio que esta é evidente... Mas um logotipo não pode simplesmente ser bonito. Ele tem que exprimir uma ideia, uma filosofia, algo que identifique o grupo que o ostenta, que represente alguma identidade.

Então, que tal listarmos tudo o que está representado na imagem?



A tocha é utilizada em lugares escuros, como fonte de iluminação. Assim também deve ser nossa vida. Cristo nos chamou para sermos “luz do mundo” (Mateus 5:14). Logo, a mensagem que isto passa é que devemos não só ter uma vida íntegra, mas ser o diferencial neste mundo; e, assim como a tocha, levar a luz, mostrar o caminho para aqueles que estão envolvidos nas trevas.

A tocha nos lembra ainda de um sentido de legado, pois através de uma tocha podemos acender outras. Temos também no nosso consciente coletivo a imagem da tocha olímpica, que passa de mão em mão até chegar ao destino. Do mesmo modo devemos nos lembrar de que a juventude sempre se renova, e isto implica em assumir o legado que é recebido da geração anterior, bem como na responsabilidade de deixar algo concreto para a próxima geração.

Temos, além disto, o simbolismo do fogo em si. Sabemos que na Bíblia este é um dos símbolos mais recorrentes ao Espírito Santo. É desnecessário lembrar a importância que esta pessoa da Trindade tem e deve ocupar na nossa vida. Ainda mais para um povo pentecostal, como nós.

Outra recorrência que o fogo nos traz, assim como as cores quentes empregadas no desenho (vermelho e amarelo) é que devemos manter nosso nível espiritual de tal forma a não nos tornarmos cristãos “mornos” (conforme Apocalipse 3:16) ou “frios”, cumpridores de mera religiosidade.

Quanto ao tipo de letra utilizado, foi escolhido este por transmitir um tom informal, coisa típica de jovens. Vale lembrar também que naquele tempo, adotar a sigla “JADI” foi uma revolução e tanto no meio assembleiano. Sim, isto porque até hoje a grande maioria das juventudes assembleianas usam siglas seguindo o padrão:  “UMAD(algumacoisa)”, significando “União da Mocidade da Assembleia de Deus de...”

Convenhamos... Que jovem hoje se permite usar o termo “mocidade” para se referir à sua galera? JADI foi uma sigla muito limpa, clara, que passava realmente a essência do que pretendíamos ser. Simples, sinceros, perante Deus e o mundo à nossa volta.


Além disto, há um “simbolismo oculto” no logotipo. Esta é uma curiosidade mantida em segredo entre nós, Edilson e eu, criadores do desenho por anos...  Não, não se preocupe, não tem nada a ver com os Illuminati! Trata-se na verdade de uma das limitações que tivemos quando do desenho no programa gráfico, que eu falei antes.

Se vocês analisarem bem, verão que a tocha, na verdade, é um peão de xadrez, virado de cabeça para baixo!

Bom, por incrível que pareça, até este “acidente de percurso” pode ter um sentido positivo, se pensarmos que, enquanto nas mãos do inimigo somos apenas peões para seus interesses. Mas uma vez que nos convertemos a Deus, subvertemos este fato, não somos mais marionetes nas garras do Diabo, mas fomos limpos, lavados por Cristo e novas criaturas.

Assim, podemos dizer que de diversas formas o logotipo em questão foi moderno (e, creio, seria até hoje), ainda mais para aquela época, onde era comum se inventar símbolos altamente carregados, cheios de formas e desenhos. Em uma singela imagem, passamos uma valorosa mensagem.

Mas... O tempo passou e, com a chegada da visão celular, houve necessidade de criar um novo logotipo para a juventude, que neste processo, acabou por ser chamada apenas de “Rede Jovem”. Na oportunidade cheguei a sugerir uma atualização do símbolo original, mantendo sua essência, seu conceito, e acrescentando alguns aspectos novos, mas a opção foi por outro. Creio que o fato de não fazer mais parte da juventude (não que eu seja tão velho...) contou para isto, hehe.

Publico abaixo a imagem, apenas para compartilhá-la com vocês.

Um dos aspectos que modifiquei foi a reestilização da tocha (assim acaba o “simbolismo oculto”), a disposição de cores, fazendo uso do vermelho (o que nos remete também ao sangue de Cristo), a troca da fonte utilizada nas letras (trazendo um aspecto mais “clean”, embora austero, para o logotipo), o interior da chama também adquiriu um novo significado (pode se assemelhar a alguém adorando, de mãos levantadas) e acrescentei a grade tipo colmeia (que lembra o trabalho celular).

 

Abraço a todos.

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