quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Denuncismo na Internet


O advento da Internet nos trouxe muitas coisas boas e positivas. Entre elas, uma liberdade de expressão pública até então nunca vista. Mídias alternativas se espalham, divulgando fatos e notícias que não interessam aos meios de comunicação tradicionais, pessoas podem argumentar e interagir de forma mais ampla entre si e a própria história pode ser reavaliada a partir de novas abordagens e pontos de vista diferentes do que a dos meios oficiais.

No entanto, toda esta liberdade também gerou alguns (vários) absurdos. Isto porque toda liberdade, utilizada sem responsabilidade se torna nociva. E não existe meio de comunicação mais anônimo e onde menos se exige compromisso da parte do interlocutor do que a Internet.

O que temos visto, desde que a rede internacional de computadores chegou ao Brasil, é uma avalanche de informações sendo jogadas ao vento sem que haja qualquer compromisso com a verdade, ou com a fonte original da suposta notícia. Em outras palavras, são veiculadas tantas inverdades no meio virtual que já não há quase como separar o que é fato do que é mentira.


E sabe o que eu, particularmente, acredito ser pior?


Que nós, crentes, entramos na onda. Eventualmente alguém, por pura suposição, suspeita ou mesmo má-intenção, publica uma afirmação a respeito de uma pessoa ou assunto; cria um denuncismo barato, esquivando-se de qualquer responsabilidade de provar o fato, apenas o jogando à mídia, e logo tem trocentos internautas que acreditam, se indignam, repassam a “informação” e está feito o estrago.

Depois, se não é verdade, não há nem como saber onde começou. Não há nem como parar a avalanche de emails, de manifestações... Simplesmente o falso sai ileso de todo o processo. Ao passo que aquele ou aquilo que foi maculado, sofreu o prejuízo. E isto é tido como normal!

Vejam um exemplo claro. Há pessoas que chamam os pastores Silas Malafaia e Caio Fábio (entre outros, claro) de maçons. Tratam isto como se fosse fato, afirmam, espalham esta informação, criticam, condenam. Qualquer coisa que façam é tachada como estratégia maçônica para controle da igreja.

Ora, convenhamos! Mas que coisa mais estapafúrdia é esta???

Quem pode provar uma afirmação como tal? Alguém que tenha ido a alguma reunião maçônica onde os dois estavam presentes por acaso?

Pensemos! Se forem ambos (ou mesmo apenas um deles) maçons, é para vergonha nossa! Sim! Vergonha nossa como evangélicos que somos, afinal poucos fazem ou fizeram tanto pela pregação do Evangelho, para a edificação do povo de Deus neste país do que estes, chamados de maçons.

Hoje em dia basta algum pastor ficar um pouco conhecido publicamente para ser tachado de maçom! Como se um cristão verdadeiro não pudesse estar em evidência! A bíblia diz que “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:20). Ora, quais são os frutos destes homens? Eles testificam de Deus, de si próprios, do diabo ou do quê?

Não me admiraria o fato de que alguns que colocam em dúvida a integridade de pessoas como estes nomes que citei também colocassem em dúvida a própria consistência bíblica, fazendo coro aos que acreditam que tenha sido manipulada, ou que o apóstolo Paulo tenha desvirtuado o Evangelho de Cristo em suas epístolas.

Avaliemos melhor as informações que chegam até nós. Tanto as “positivas” quanto as “negativas” (voltarei a este assunto, explicando este ponto no futuro), para que não venhamos a cair em armadilhas criadas pelo próprio inimigo a fim de confundir e dividir o Reino de Deus.

Abraço a todos.

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