Acredito ser
natural e necessário ao ser humano que este eleja referenciais para pautar sua
vida. Esses referenciais são geralmente pessoas que, devido ao seu empenho e
disciplina, conseguiram chegar a um ideal ou objetivo que ainda está sendo
perseguido pelo indivíduo que o admira.
Ao nos
espelharmos no referencial, é possível a todos nós que acreditemos que se foi
possível àquele atingir o que almejamos, também não será impossível para nós.
Esta percepção
se dá porque, de forma consciente ou inconsciente, aceitamos que nosso
referencial não é um ser totalmente perfeito, imune a falhas. Pelo contrário. É
alguém, em essência, como nós. Tem lá suas limitações. Mas as superou, ou as
supera constantemente para conseguir se manter nesse patamar superior ao nosso.
Só que exatamente
esta característica de nossos referenciais pode ser a razão de nossa
frustração. A verdade é que como humanos que todos somos, podemos falhar.
Podemos tomar decisões erradas. Atitudes ruins. Agirmos deliberada e
premeditadamente de forma errada.
Nossos
referenciais caem. Eles nos decepcionam. Deixam de ser um modelo a ser seguido.
O que fazer?
Bom, em primeiro
lugar precisamos nos dar conta de que todo ser humano, desde Adão, é passível a
erros. A queda de uma pessoa que tínhamos em alta estima nos gera dor, mas isto
não impede de que, arrependida, possa voltar a ser restaurada por Deus a seu
lugar de origem.
Não foi para
isto que Cristo veio ao mundo? Resgatar o que se havia perdido? A todos nós que,
por melhor que sejamos, mais certinhos, ainda não somos nada perante a
santidade de Deus?
Em segundo
lugar, devemos estar plenamente conscientes que o erro de uma pessoa que nos
era referencial não gera uma licenciosidade para que falhemos também. Se
prestarmos atenção, veremos que esse erro vai inevitavelmente afastar nosso
referencial do ideal que também procuramos atingir, além de trazer
consequências para sua vida que não queremos para as nossas também.
E, finalmente, em
último lugar, precisamos reajustar nosso referencial. Como afirmei antes, é
inevitável e sadio que tenhamos referenciais próximos, tangíveis. Mas nosso modelo
tem que sempre ir além dos seres humanos. Nosso exemplo, nosso supremo e mais
fundamental referencial precisa ser Cristo.
Quando todos nos
falham, quando parece que tudo está perdido, que não há igreja que sirva ao
propósito divino, quando ficamos pasmos diante das ações de quem tínhamos como
referencial... sigamos o conselho do autor de Hebreus: vamos manter nossos
olhos fixos em Jesus (Hebreus 12:1,2). Ele não falha conosco. Ele não nos
decepciona. Exposto aos mesmos problemas que nós, venceu, cumprindo seu
objetivo.
Apesar de
vivermos em um tempo e em um país no qual é mais fácil fazer o errado do que o
certo; apesar de vermos com pesar muitos daqueles que deveriam ser referenciais
sendo maus exemplos; devemos continuar constantes. Lutando a cada dia. Vencendo
ou recomeçando, se necessário. Mas nunca desistindo.
Sigamos a
carreira que nos foi proposta. Ainda que ninguém chegue lá além de nós (e
sabemos que outros também já chegaram e ainda chegarão), continuemos. Afinal, a
recompensa vale a pena.
Abraço a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário