Ontem fui assistir a uma peça teatral, famosa aqui no estado. Como o espetáculo fez parte da grade de programação referente à comemoração do aniversário de emancipação do município o prefeito falou algumas palavras antes do início, ressaltando esta excelente oportunidade de apreciarmos um evento cultural desta magnitude.
Bom, passou o show, ri um bocado. Mas enquanto minha esposa e eu íamos para casa, nos perguntávamos o porquê daquilo que foi apresentado ser chamado “cultura”.
Bem, se pesquisarmos um pouco (Wikipedia, por exemplo) vamos ver que o conceito de “cultura” é muito abrangente. Contudo, analisando todas as definições, cheguei à conclusão de que a cultura é a maneira dinâmica de como a sociedade cultiva seus valores e os expressa.
Não é pra menos que o termo “cultura” está tão vinculado à agricultura. Afinal, ela se transforma, muda, é modificada.
Mas não necessariamente evolui. Vejamos...
A cultura apresentada ontem continha um conjunto de valores distorcido. Mesmo que este fosse usado de modo caricato.
O problema é que são exatamente estes valores que crescem e se solidificam no meio da sociedade. Portanto, apesar de nocivos e disformes, estão se tornando (infelizmente) a cultura nacional.
Homossexualismo e adultério são hoje vistos não só como normais. Cada vez mais estão arraigados na nossa cultura. Quem não os têm como valores pessoais, é ao menos forçado a aceitá-los como valores sociais. E isto só para dar um exemplo.
E no meio desta história toda, estamos nós. Sim, ao menos deveríamos estar nós, você e eu, que afirmamos que somos cristãos.
Por quê?
Porque ao contrário da cultura dinâmica, no meio da qual crescem tantos inços sociais que sufocam as boas virtudes, e que aos poucos são aceitos e se tornam o padrão da “lavoura social”, os cristãos têm valores definidos e imutáveis.
Ao menos deveríamos ter.
Em um mundo em que o certo e o errado se confundem, podemos ainda contrastar claramente o que é verdadeiro e o que é falso. Guardamos nossos valores, não negociamos nossas convicções.
A verdade é que fomos chamados para andar na contramão. Nadar contra a correnteza. Ser a contracultura no meio de uma cultura nefasta. Ser o pilar da verdade, o bastião dos valores corretos.
Ser o sal da terra e a luz do mundo. Continuar a ser o trigo, apesar do joio crescer também. Foi pra isto que a Igreja foi chamada.
Ainda que no meio, fora dele. É óbvio que isto tem um alto preço. E a propaganda contrária da mídia a nosso respeito é só a ponta do iceberg.
Que Deus nos ajude a viver à altura dos padrões da cultura do Reino, ao invés da cultura deste mundo que jaz...
Abraço a todos.
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