segunda-feira, 14 de março de 2011

Deus e a Tragédia no Japão


“Trágico! Trágico!” Diria o personagem da série Todo Mundo Odeia o Cris, ao se referir sobre o que aconteceu no Japão na sexta passada.

E teria toda razão na afirmação.

Uma catástrofe, que graças ao sistema de alerta à população, pode ser totalmente coberta, ao vivo, pela mídia. Fato este que gerou imagens chocantes, mostrando a grandeza e a gravidade da devastação.

Frente a cenas como as vistas, nos damos conta de como o ser humano é pequeno; como apesar de toda a tecnologia, ainda não somos nada se comparados à natureza... e a Deus.

Sim! Deus que, aliás, também é o único que consegue controlar a natureza. E deve ser por isto que nestas horas sempre surge alguém dizendo que o que aconteceu é juízo ou castigo de Deus.

Mas será mesmo?

Acredito ser muito temerário fazer uma afirmação como esta ao léu. Cito as razões.

Primeiro, temos que ter em mente uma coisa. Quando Deus vai executar um juízo (ou castigar, em linguagem popular), Ele costuma avisar primeiro que vai de fato fazer algo. E faz isto a fim de dar uma chance, para que alguém ainda se arrependa e mude sua atitude, evitando assim que o juízo o alcance.

Ora, não é assim que pais sábios agem? “Meu filho, para com isto, senão vou ter que te dar umas varadas!” Qual o filho que não ouviu uma frase semelhante a esta durante a infância? Que bom pai não dá uma chance ao filho antes de executar sobre ele a disciplina? E assim, se de fato o pai tem que usar deste último recurso para o ensino da criança, esta saberá porque foi disciplinada.

Não é Deus, por acaso, um Pai muito mais sábio do que qualquer pai terreno? Como então simplesmente puniria um país sem motivo aparente algum, sem um convite prévio ao arrependimento, dentro da atual dispensação da graça em que vivemos?

Em segundo lugar, consideremos que muito embora Deus tenha poder absoluto sobre a natureza, o planeta e o universo inteiro, foi Ele próprio quem estabeleceu regras dentro das quais tudo deve funcionar e, portanto, Ele não vive transigindo as próprias normas que criou.

Nem mexendo na criação a todo instante, causando inundações como as vistas em São Lourenço do Sul, ou deslizamentos como na região serrana do Rio de Janeiro, ou terremotos aqui e ali como no Japão.

Esta ideia de um deus que está disposto a jogar um raio na cabeça de qualquer um, a qualquer hora, por qualquer bobagem, pode vir da mitologia grega, romana, egípcia, babilônica, nórdica, enfim... de qualquer lugar. Menos da bíblia.

Deus criou as leis de funcionamento, e é de se esperar que todo o ciclo siga estas leis. As placas tectônicas estão aí. O Japão é dividido por elas. É óbvio que mais cedo ou mais tarde haverá terremotos e maremotos. Tanto que os japoneses têm desenvolvido tecnologias e até uma cultura educacional nesta área.

Só que também é de se esperar que a ação da natureza eventualmente seja imensa, tremendamente desproporcional ao que qualquer ser humano está preparado para enfrentar.

Ademais, cabe aqui uma ressalva. Muitas vezes culpa-se Deus pelas enchentes, deslizamentos e outras desgraceiras. Mas quem tem alterado o equilíbrio natural, provocando um clima cada vez mais extremo neste planeta é o próprio homem com sua ambição desmedida e irracional.

Por fim, vale à pena nos lembrarmos que eventos de grandes proporções, como este ocorrido no Japão, e até maiores, fazem parte de uma lista de sinais da volta de Cristo.

Sim, o fim do mundo está perto. Obviamente não da maneira que a esmagadora maioria do mundo espera, mas acontecimentos como este são como placas na estrada que nos indicam que estamos chegando perto de algo.

Só que, ao contrário do teor aleatório envolvido nesta catástrofe e em outras tragédias pelo mundo afora, quando chegarmos ao momento em que Deus realmente executar seu juízo sobre a Terra, aí sim, Ele vai interferir na natureza.

E aí a coisa vai ser muito, muito, mas muito (mesmo) pior.

Só que tudo isto já está registrado no livro de Apocalipse, que serve de advertência, e ao mesmo tempo é um chamado para um mundo idólatra e corrupto; um convite para que este se arrependa e se converta de seus maus caminhos.

Abraço a todos.

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