segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Músicas Modernas


Neste final de semana eu trocava de canal, procurando algo útil na televisão, quando me deparei com o quadro “Para Quem Você Tira o Chapéu”, do programa Raul Gil. Nele, José Messias, um profundo conhecedor do meio musical, justificava suas escolhas.

Me chamou atenção o seu comentário principalmente no momento em que falou porque não tirava o chapéu para Luan Santana, jovem fenômeno da música nacional.

Sua justificativa, em outras palavras: o guri não é bom cantor.

Ow, puxa! Mas ele faz um sucesso estrondoso! Como alguém pode dizer algo assim?


Luan Santana é apenas mais um nesta geração moderna de hits produzidos, engenhosamente criados pela mídia que visa apenas o lucro. Seu nome se junta a tantos outros que vemos por aí: Justin Bibier, Lady Gaga, Hanna Montana, Jonas Bros... etc, etc, etc.

Alguns com talento. Outros absolutamente sem. Mas com algumas coisas em comum: um rostinho bonito, sex-appeal, coreografias sensuais.

Hoje para fazer sucesso é necessário apenas ser produzido por uma gravadora. É um sucesso artificial, vazio de conteúdo. São artistas, em sua maioria descartáveis, que não se firmam no mercado quando saem da vitrine justamente porque não tem talento musical para se manterem.

Se não, vejamos daqui a uns cinco anos, onde vai estar e quem ainda vai falar no Luan Santana, versão tupiniquim do Justin Bieber. Será que ainda estarão na mídia ou vão amargar o mesmo limbo em que Felipe Dylon se meteu?

Sucesso meteórico é isto. Vem, do nada, e todo mundo quer ouvir. Daqui a pouco vai embora e ninguém mais se lembra. Sabe por quê? Porque já tem outro novo na área. É a estratégia da indústria fonográfica contemporânea.

E os talentos de verdade, cantores e músicos que apresentam algum conteúdo, ficam soterrados no meio deste mar de lama do sucesso artificial, repentino, programado e com prazo de validade.

Ora, isto não é música. Nenhum destes artistas que tanto os adolescentes gostam tem músicas de verdade. Que letras são estas? Que coreografias são estas?

Lady Gaga por exemplo, devia ser proibida para menores de 18 anos! Me irrita só de ver comerciais onde aparece algum trecho de alguma das coreografias! E o pior é que é isto que vende!

O mercado consumista, superficial e descartável do nosso mundo capitalista tomou conta da música. Infelizmente.

Mas ainda bem que ainda existem alguns leigos ou entendidos (como José Messias) por aí que não comungam com este tipo canções. Ainda há esperança de ouvir música de verdade.

Músicas que tenham conteúdo, em letra e melodia, que nos inspirem e nos tragam à lembrança emoções, que mecham com nossos sentidos. A expressão sonora de um poema, de um sentimento. É isto que deve ser a música.

Abraço a todos.\

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