Dragão

Dragão é um ser mitológico que curiosamente está presente nas mais variadas culturas ao redor do mundo. Do interior da China, à América Pré-Colombiana, da distante Polinésia ao gélido norte da Europa.

Como um ser imaginário e geralmente simbólico, sua forma e significado cultural variam de acordo com cada região, podendo ser emplumado ou não, cuspir fogo ou não, voar ou não, ou ser até mesmo um ser marinho. Ou não.

Mas, geralmente, ele é representado como uma gigantesca criatura de forma reptiliana, semelhante a uma serpente, só que alada, e com fortes garras e a capacidade de expelir fogo, com poder para destruir tudo o que vier pela frente.

No extremo oriente, como na China e no Japão, dragões estão ligados a (ou são) divindades adoradas, adquirindo um caráter ao mesmo tempo destruidor, porém benéfico, por serem responsáveis por condições climáticas favoráveis ao povo, como chuvas na época certa, por exemplo.

Contudo, dentro da cultura ocidental o dragão sempre teve um outro significado. E este foi muito influenciado pelo simbolismo bíblico da sua figura e pela cultura dos povos da Mesopotâmia.

Dentro da mitologia europeia, o dragão sempre foi um ser ligado à força, poder, destruição e caos. Para os povos da região da mesopotâmia a sua imagem era de igual forma negativa e terrível.

A bíblia, que diversas vezes se utiliza do recurso literário do uso de símbolos para expressar ideias e transmitir de modo didático uma verdade, também traz o dragão dentro desta conotação.

Na maior parte das vezes, especialmente no livro de Apocalipse (onde a palavra “dragão” aparece em doze versículos) esta figura é uma representação de Satanás.

Por quê? Por causa das características do dragão e do Diabo serem semelhantes. Vejamos: o dragão é um animal muito semelhante à serpente, que é sagaz, inteligente e esperta. O dragão é ágil, pois voa.

E o dragão é a própria personificação da destruição. Gigantesco, seu corpo escamado é um escudo natural. Suas garras e dentes podem estraçalhar qualquer coisa. Sua cauda pode ser utilizada como arma. Finalmente, cuspindo fogo, pode consumir vítimas à distância.

É fácil entender as semelhanças. Satanás não se propõe a outra coisa a não ser destruir a humanidade (João 10:10). Ele é forte e poderoso, não é um ser com quem possa se brincar, ou ser domesticado.

Todo aquele que se aproxima dele é consumido, e ele não se utiliza apenas da força bruta para derrotar os seus adversários, mas também da inteligência, da sutileza, da armadilha e da agilidade.

Mas ainda existe outra semelhança. Todos os dragões, apesar de todo seu poder, fama e terror, mais cedo ou mais tarde, são derrotados. Na bíblia, o dragão também é vencido (Apocalipse 20:2).

Ora, sabemos que Cristo é infinitamente mais poderoso que o Dragão. E, independente da ameaça que este último representa, afinal, somos e seremos vencedores.

Abraço a todos.