segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Português pra Quê?



Tenho chegado à conclusão que estudar um pouco mais sobre a língua portuguesa se torna cada vez mais essencial a pessoas que ocupam cargos de liderança, incluindo-se aí pastores, líderes de célula, professores de escolas bíblicas, enfim, qualquer indivíduo que exerce ou almeja trabalhar em algum ministério que lida com pessoas ou com a exposição de ideias.

Vivemos em tempos nos quais o nível de instrução da população em geral tem aumentado. Se a vinte anos atrás era comum que as pessoas tivessem apenas o ensino fundamental, hoje ser formado na faculdade já não é status para ninguém.

Isto tem criado a necessidade de melhorarmos nossa maneira de comunicar o que queremos. Precisamos ser mais exatos na forma de nos expressarmos para não sermos mal interpretados. Precisamos usar os termos certos para não darmos a entender o que não queremos. Precisamos falar direito para que o conteúdo de nossa mensagem não seja menosprezado.

Por exemplo: passei na frente de um templo alguns dias atrás e vi que em uma parte reservada para crianças havia uma frase pintada na parede: “criança com Deus é feliz”. Ótima frase. Tremenda verdade. Mas quem pintou a frase inverteu a letra “z” de lado. Que impressão isto causa?

No mínimo, causa a impressão de ignorância ou de descuido. Ora, isto por si só já passa uma mensagem. Para quem tem na mente o estereótipo do crente está aí um bom motivo para gozação, crítica e indiferença quanto à mensagem verdadeira expressada pela frase.

Ou quantas vezes uma sentença em meio a uma ministração é mal-entendida? Uma frase mal utilizada, uma palavra usada de maneira equivocada, a dificuldade de expressar algo que se pensa... Pode acabar por gerar confusão e até atitudes erradas por parte de quem a digeriu sem a ter interpretado corretamente.

Todos sabem que nem sempre o que a gente fala é o que a outra pessoa escuta, ou seja, o que queremos comunicar não é necessariamente o que o ouvinte entende. E isto pode ser por vários motivos... Interferência no processo de comunicação (ruído, intermediador), pode ser por causa dos filtros psicológicos ou físicos do receptor (preconceito, dificuldades auditivas) ou por problemas da parte do emissor (dificuldade de expressão, entonação errada de voz).

Sobre os problemas na parte do receptor, para quem é dirigida a mensagem, nada podemos fazer. Sobre as interferências, muito pouco vamos conseguir realizar. Mas da nossa parte, como emissores, só depende de nós mesmos o ato de comunicar de modo mais eficiente.

Temos que, como agentes comunicadores, procurar melhorar nosso desempenho na arte da comunicação. Dentro disto temos que buscar conhecer melhor a nossa língua portuguesa. A forma correta de falar, de escrever, aumentar o vocabulário, melhorar nossa gramática, a construção das frases por nós pronunciadas.

Isto pode parecer uma besteira, mas não é. É claro que uma boa oratória, falar bem o português, não substitui a unção do Espírito Santo sobre a pessoa que fala. Mas melhora a ferramenta que Ele usa.

Se não, veja... O que á mais fácil e mais eficiente: cortar a carne com uma faca cega ou cortar com uma faca bem afiada? Bem, quanto mais nos preparamos e melhoramos nosso português, mais e melhores recursos disponibilizamos para o Espírito Santo. É como se estivéssemos nos “afiando”, com a finalidade se sermos uma ferramenta mais eficiente nas mãos de Deus!

Pessoal, hoje temos tantos meios à nossa disposição para incrementar nosso conhecimento... Os livros estão cada vez mais acessíveis e a melhor maneira de se aprender português é lendo. Temos a Internet para pesquisarmos as coisas e tirar dúvidas... E por aí vai.

Melhoremos a maneira de nos expressar e nosso vocabulário. Eu mesmo sei que preciso melhorar muito ainda. O que não podemos fazer é continuarmos ignorantes a esta necessidade de melhora ou, pior, estarmos conscientes disto e não fazermos nada para nos aprimorar. Vamos nos esforçar... Para o bem do Reino.

Abraço a todos.

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