quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Humor e Eleição



Ontem uma manchete de notícia (dessas que passam na parte de baixo da tela da TV) me chamou a atenção quando eu estava, ocasionalmente, assistindo o programa do Clovis Duarte (clique para acessar). Tratava-se de uma decisão da justiça, mantendo restrições já existentes aos humoristas durante o período eleitoral.
Considero esta uma decisão inteligente e sadia. Acredito até que certas restrições deveriam ser ampliadas para coibir os humoristas brasileiros de certos abusos e exageros, tão comumente apresentados em seus espetáculos televisivos.
Pra dizer bem a verdade, já faz muito tempo que não dedico muito tempo para assistir programas classificados como humorísticos. Sabe por quê?
Basicamente, pelo mesmo motivo que me nego a locar filmes de comédia. Ou eles apelam pra imbecilidade extrema, ou então passam a usar a sensualidade de modo exacerbado. Há ainda oportunidades em que terceiros são expostos ao ridículo em frente às câmeras.
Faz muito tempo neste país que não vemos um humor inteligente. Os programas humorísticos, em sua grande e retumbante maioria, “emburrecem” o público telespectador. Típica filosofia de pão-e-circo, onde o circo ainda por cima é dos mais baratos.
Por fim, esta decisão (que foi onde começou o assunto) também é acertada porque em época de eleições não é necessário usar de expediente político algum para fazer humor. O próprio horário gratuito da televisão já é cômico o suficiente.
Pena que as eleições para deputados não são todo o ano. Eu gosto de assistir aos candidatos se apresentarem, rio mais do que se estivesse assistindo o CQC. Tem os elementos mais esdrúxulos pedindo voto. Desde o tradicional “vocês me conhecem”, passando pelo irmão que acha que temos que votar nele só porque é cristão, pelo outro que antes de falar toca uma espécie de trompete, e até um indivíduo vestido de palhaço. Hum, será que isto quer dizer que o eleitor não é palhaço, e... Ou... Ah, deixa pra lá.
Ainda tem aqueles que defendem propostas que nem são da alçada à qual estão concorrendo, demonstrando um total despreparo e desconhecimento da função à qual querem se eleger. Ou defendem as ideias mais insanas. Pelas barbas do profeta! Como alguém em sã consciência ainda defende a moratória de dívidas ou a estatização das terras e empresas para implantar uma ditadura proletária?
O pior é saber que boa parte deste pessoal vai se eleger... Nossos representantes, governantes, legisladores. Pensando bem... É de chorar, e não rir, não é mesmo?
 Abraço a todos.

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